sábado, 31 de julho de 2010

Lembranças da Infancia

Agora quer falar de algo que todos temos em comum: Infancia.
Não importa se alguns tiveram essa fase da vida mais curta, ou aproveitaram menos, todos nós um dia fomos crianças, e eu até hoje aproveito isso. Não sou mais criança a anos, lógico, muito menos tenho atitudes de criança, mas que é que nao brinca as vezes? que não tem ataque de risos? quem não faz piada de coisas bobas? isso é ser um pouco criança ainda, e isso é saudavel.
Eu tenho falado de assuntos muitos chatos, na minha opinião, então achei melhor fazer um post que nos lembre alegrias, ou pelo menos que eu passe pra voces as alegrias da minha infancia.
Ela nao foi perfeita, eu sofri algumas coisas durante essa fase da minha vida. Eu chorei muito lá. Eu sofri, eu fui discriminada. Mas pouco importa, eu fui feliz tambem, e mais feliz do que triste, pois a opinião dos outros pouco me importava já naquela epoca.
Eu nasci e cresci em Curitiba. No bairro do Boa Vista. Passei toda a minha infancia lá e um pedaço da minha adolescencia, já que sai de la com quase 15 anos. La eu conheci pessoas maravilhosas, pessoas ruins, eu brinquei, corri, cai, fiz tudo que se deve fazer quando se é criança.
Eu lembro que quando era bem nova eu gostava de brincar no monte de areia que tinha nos fundos de casa, eu ficava fazendo castelinho e coisas aleatorias. Eu sempre saia de la toda suja, mas a mama não ligava.
Eu era uma criança que adorava dias ensolarados, que gostava de brincar de bola com o pai, quando ele estava em casa e disponivel pra mim.
Mas é de algo antes disso que eu me lembrei agora. Com outro "pai" que eu tive. Entenda, eu amo meu pai, de verdade, mas na epoca ele nao merecia nem um pouco desse amor e adoração que eu tenho por ele. É aquele tipico caso de alcoolatra entende? Ele saia pra trabalhar cedo, eu nao o via, e quando ele voltava já era tarde da noite, pois ele parava no bar e ficava bebendo depois do trabalho. Nunca chegava em casa são. Tinha vezes que ele chegava mais agressivo, outras vezes só chegava bebado e chatinho. Toda noite ele passava no meu quarto pra me ver, ele me amava, mas eu tinha medo dele. Mesmo com medo, eu amava meu pai, nao entendam errado, mas eu tinha uma outra pessoa que ocupava um pouco o lugar de homem na minha vida. Meu avô. Pai da mama. Um homem com seus 73 anos quando eu nasci, que ja havia criado seus 5 filhos. mas que ainda tinha amor pra dar e que ajudou minha mae a me criar.
Eu me lembro de um natal em 1994 talvez, que eu ganhei um cachorrinho de pelucia e alguns outros brinquedos, mas o mais importante da noite era o cachorrinho. Eu queria brincar, mas eu estava choramingando que nao tinha ninguem pra brincar comigo. Foi uma das poucas vezes que eu me lembro dele ter sentado comigo pra brincar. Ele se abaixou no chão comigo e ficou um bom tempo ali brincando comigo e meus brinquedos. Foi uma das cenas mais lindas. Eu tenho fotos, mas elas me fazem chorar.
Voltando as coisas que eu gostava de fazer quando era criança.
Eu sempre adorei bichos. Eu tinha uns 5 cachorros quando era pequena, e eu brincava com todos todo dia. Mas eu tambem tinha galinha, das quais eu tinha medo, eu tinha um coelho, que a minha mae fez o favor de se livrar dando pra alguem e nao me contaou, LOGICO. Eu tinha passarinhos tambem, mas eu achava eles chatos porque eu nao podia brincar.
Eu tinha várias bonecas, mas eu preferia brincar la fora na terra, ou brincando com folhas e coisas assim fingindo que era "comida". O pior dessa brincadeira é que eu queria que alguem comesse aquilo, e eu tinha uma cachorra que realmente comia. Ou ela fingia comer e depois jogava fora, não sei, mas ela era minha companheira nessa brincadeira.
Veja, eu nao tinha nenhuma criança pra brincar comigo, porque a minha unica irmã é 16 anos mais velha que eu, e eu nao tinha permissão de brincar na rua com as outras crianças. Pais superprotetores, conhece? =D
Mas eu nao reclamava disso, gostava de brincar com meus cachorros, ou com a minha mãe.
Ela estava sempre trabalhando pela casa, arrumando alguma coisa ou cozinhando, e nao tinha tempo de ficar só brincando comigo, mas ela deu um jeito de poder fazer os dois juntos.
A gente brincava de "comadre", nome engraçado hoje. A gente simplesmente fingia que eu era uma amiga dela que ia visitar ela na casa dela e a gente ficava usando a imaginação por horas naquela brincadeira.É algo que nao vou esquecer nunca. Era bem divertido, mesmo que nao pareça.
Na hora de dormir minha mãe me colocava na cama, sentava do meu lado e contava historinhas ou cantava musicas antigas de ninar. Eu adorava quando ela ficava cantando. Mama não é cantora, mama desafina, mas a melhor voz pra mim é a dela, a voz que me acalmou tantas vezes e ainda acalma. Ela ficava ali cantando até eu dormir, pra depois ela ir pra cama dela dormir. E se eu acordava ela voltava pro meu quarto comigo e me fazia dormir novamente, ou entao ela me levava pra dormir com ela e o papai. Confesso que até hoje eu durmo com eles as vezes, mas é mais apertado do que naquela epoca.
Quando eu tinha pesadelos ela tambem me levava pra cama dela. Coisa bem frequente. Eu tinha pesadelos quase toda noite.
Eu me lembro que quando comecei a ir pra escola eu estava ansiosa. Antes mesmo de almoçar eu ja estava de uniforme, com a mochilinha arrumada. Minha escola era um pouco longe de casa, e eu e a mae iamos a pé. Eu estava saltitante. Entenda, eu nunca tinha ido a escola na vida, eu tinha 5 anos de idade e me sentia sozinha, e sabia que na escola teriam varias outras crianças pra brincarem comigo.
Quando chegamos na escola a mãe me fez ficar ali fora com ela até soar o sinal. Entrou comigo até minha sala, achei um lugar confortavel quase no fundo da sala, ela deixou todos os meus materiais, me deu um beijo e disse que voltava a tardinha pra me buscar.
Atrás de mim havia um menininha chorando que não queria que a mãe fosse embora, e eu era muito curiosa na epoca, me virei na cadeira e fiquei olhando. Me lembro da mãe da menina me usar de exemplo dizendo que eu nao estava chorando.
A professora do pré começou a falar la na frente e eu logo fiquei entediada. Virei pra trás e disse "Oi" pra menina que antes chorava. Ela respondeu e me perguntou meu nome. Meu primeiro nome é super dificil, e pra uma criança de 5 anos mais dificil ainda. Já de cara ela disse:
"Posso te chamar de Heli?"
Eu aceitei. Até hoje ela me chama assim. Foi minha primeira amiga. Nós brigavamos muito quando eramos crianças, mas a gente sempre se amou. Ela sempre me perdoou das vezes que eu fui má com ela. Porque em geral a malvada da historia era eu, ela era sempre mais calma e boazinha. Até da vez que eu empurrei ela morro abaixo na volta pra casa. Quando eu cheguei em casa naquele dia eu me senti tão mau que corri ligar pra ela. E ela me perdoou. Não acho que eu vá encontrar uma amiga melhor que ela na minha vida.
Mas eu tinha varios amiguinhos na escola. Eu gostava de correr. Brincar de pega-pega, mãe-esconde, banana podre, lenço atrás... E de correr atras dos meninos. Era minha brincadeira preferida. Tinham meus meninos preferidos. Eu gostava porque eu nunca conseguia pegar eles e a gente se divertia. Eu sempre gostei mais de brincar com meninos.
Eu nunca me dei muito bem com meus primos, nunca mesmo, até hoje. Eu só gostava e ainda gosto de um deles, o unico primo menino que eu tinha, o Junior.
Ele sempre ia la pra casa depois da aula dele, que era de manhã, esperar a mae dele ir buscar. Dai a gente ficava brincando. Eu adorava jogar tazo com ele. Ou aquelas cartinhas do Pokemon que sairam a uns trocentos anos atras.
Mas eu nao gostava das minhas primas. Elas judiavam de mim, eu sempre me dava mau nas brincadeiras delas. Elas me batiam porque eram mais velhas.
E a crueldade maxima delas era jogar na minha cara que eu morava de favor na casa do vô.
Deixa eu explicar, minha familia morava com o Vô, mas não era de favor. A mama cuidava do vô, porque ele nao tinha mais idade pra se cuidar sozinho, entende. E a mãe que pagava as contas da casa, não o vô. Era a mae, com o dinheiro do pai, que comprava comida. O vô só comprava a carne dele porque ele insistiu muito nisso.
E elas gostava de dizer isso pra mim. sabe porque? Porque eu chorava. Porque eu era pequena e nao podia fazer nada pra elas. Minhas tias tambem gostava de dizer essas coisas pra mim e pra minha mae. Um dia mamae ensinou a elas que nao se deve mexer com a gente.Brigas familiares.
Meu pai me deu uma bicicleta quando eu tinha uns 9 anos e me ensinou a andar. Eu simplesmente achei o maximo andar de bicicleta.
Agora eu já tinha permissão pra brincar la fora. Eu conheci o Rafa, que era um menino cerca de 3 anos mais novo que eu que morava na frente de casa. Ele adorava andar de bicicleta. Nos demos muito bem. Eu passava minhas tardes brincando com ele até anoitecer. A partir dele eu conheci as outras crianças da rua. Não tão crianças ja, pois eu era a mais nova com 10 anos, os outros tinhas 12,13 anos. Mas nos demos bem. Brincavamos de correr na rua de bicicleta, brincavamos de qualquer coisa.
Eu fui crescendo mais e mais, e a gente ainda brincava na rua. A gente subia em arvores pegar fruta, a gente fazia vaquinha pra comprar gasosa. Passavamos horas conversando na escadinha da frente da minha casa.
E depois disso eu fui crescendo cada ano mais. E com quase 15 anos eu fui separada dos meus amigos.
Meu avô havia falecido no final de 2005, eu tinha 13 anos. E a casa havia sido vendida. Fomos obrigados a nos mudar pra onde moro hoje, que é bem longe de lá.
Mas nao importa, eu nao esqueço de tudo que vivi la, das pessoas que conheci, dos amigos, das brincadeiras. E que fique claro que eu NUNCA vou esquecer do meu vô.
Eu considero a minha infancia algo normal. Feliz. Com seus pontos ruins, coisas tristes e tudo o mais, mas nenhuma vida é perfeita. E hoje se eu pudesse voltar a ser criança, voltar a ter 4, 5 anos de idade, eu faria tudo exatamente igual. Foi uma fase muito importante pra mim, e nnao só pra mim  como pra todos. A infania é de onde tiramos nosso carater, é de onde vem muito do que somos hoje. E muito do que sou hoje vem da minha epoca de criança.

Espero que tenham gostado pelo menos um pouco de tudo que eu falei. Eu agradeço muito ao pessoal que está lendo, realmente voces tem me deixado muito feliz e muito empolgada em escrever mais. E eu quero dizer que a ideia de escrever esse post sobre a infancia não foi exatamente minha. Uma amiga me disse que eu poderia escrever sobre isso, e eu adorei a ideia. Ela sabe que é dela que eu to falando. Eu te adoro muito menina, ta? De verdade!!!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Músicas importantes

Bem, tem musicas que marcam nossa vida. Que embalam momentos inesqueciveis. Eu tenho as minhas e estou com muita vontade de falar sobre isso no momento.
A frase que é titulo do meu blog vem de uma musica que marcou muito a minha vida. Master of Puppets do Metallica. A primeira musica que eu ouvi deles. E a que me fez amar cada dia mais essa banda.
É uma musica que eu ouvi de uma forma engraçada. Ou apenas diferente.
Um belo dia, dia nao, ja era noite e eu tava voltando do serviço com meu melhor amigo, conversando sobre guitarra, ele estava falando das musicas que ele conseguia tocar, que ele ja estava tocando bem e coisas assim. Eu nao entendia metade das coisas que ele falava. Dai ele pegou o MP3 e disse "Escuta esse solo!!" e colocou o foninho no meu ouvido. Estava no começo do solo, aquela parte ritmada que o James ainda ta gritando, pra mim até ai nao tinha nada de mais, então o solo começou, e eu nao consegui nem respirar, serio. O solo me envolveu de uma forma que eu nao sei explicar. Era tao rapido pros meus ouvidos, tao bem elaborado, e ainda assim tinha uma beleza que eu nao sei dizer. Olhei o nome da musica no visor e gravei aquilo na minha cabeça. Disse pra ele que havia achado foda o solo e que quando ele conseguisse tirar aquilo na guitarra eu queria ser a primeira pessoa a ouvir. E fui. Quando ele conseguiu ele me mostrou, na casa dele, algum tempo depois daquilo.
É uma musica que mexe muito comigo, mas de uma forma menos sentimental e mais com meus extintos. Ela me faz sentir vontade de gritar, de erguer a mãos pro alto e cantar no maximo volume, de berrar "Master!" com toda a minha alma. É uma musica que me anima. Alem de ser a primeira. A que me mostrou muitas outras. Pode não ser a melhor musica no quesito tecnica, ou velocidade, ou melodia. Pode nao ser a melhor musica deles. Nao importa, pra mim sempre será a primeira e a melhor. A minha musica favorita, da onde eu tirei uma frase que simplesmente "guia" minha vida. Que é a tão famosa "Obey yOu Master". Mas nao escrita assim, com um risco em cima das palavras. POis ela significa, como muitos sabem, "Obedeça seu Mestre", MAS eu não tenho um mestre, nem nunca terei. Eu sou totalmente livre. Esse o significado do risco em cima da frase. Talvez um dia esse risco saia dali, mas isso já é uma outra historia.
Outra musica que marcou minha vida e que é da mesma banda, Metallica, é Nothing Else Matters.
Eu nem dava muito valor a ela. Nao tinha escutado muitas vezes, até que o garoto que eu estava envolvida me disse que tocaria ela pra mim baixinho quando eu estivesse com ele. Eu sabia que ela era romantica e tudo o mais. Mas é uma musica que tem uma historia, tanto pra mim quanto pra quem a fez.
Muito tempo depois eu descobri que eu escutava essa mesma musica com a minha irmã quando eu era bem pequenininha. POr esse motivo ela me pareceu tão familiar quando eu escutei pela primeira vez, como se eu ja conhecesse ela.
Enfim, eu fui na casa dele e ele tocou essa musica pra mim no violão, quando eu estava deitada na cama dele, antes de dormir, e cantou pra mim. Ali nasceu algo em mim sobre essa musica
E todas as vezes ele tocava esse musica pra mim, ou a gente ouvia ela no computador. E quando assistiamos o S&M (dvd do Metallica com a Orquestra de São Francisco) essa era a primeira musica que eu tinha que escutar. Foi uma musica que embalou aquele relacionamento estranho que tivemos.
Uma musica que me traz muitas lembranças, boa e ruins. Que me faz chorar, sentir vontade de chorar e sorrir ao mesmo tempo. A que mais me faz lembrar daqueles tempos, que me faz ver o garoto que amei. Essa musica ele disse que era minha canção de ninar, e sempre foi. E quando eu estou triste e sozinha, é nessa musica que eu me conforto, é ela que me faz chorar e depois parar de chorar, levantar a cabeça e seguir em frente, porque como ela mesma diz, nada mais importa.
De certa forma pra mim nada mais importa MESMO. Eu sou estranha, e bem contraditoria.
A musica que eu mais amo cantar, que eu sei a letra inteira perfeitamente, que eu tenho a tradução gravada na minha mente, que eu repito pra mim mesma centenas de vezes e que retrata perfeitamente o que eramos eu e ele. E nunca vai importar com quem eu a escute, quem toque ela pra mim, sempre que eu escutar "Nothing Else Matters" é NELE que eu vou pensar. Me perdoe por isso.
Fade to Black, tambem do Metallica (notem que é minha banda favorita), é uma musica cuja letra é absurdamente depressiva, e que nao me ajuda muito quando eu to triste, mas eu prefiro nao pensar na letra e sim na intro da musica, o solinho inicial e tudo que vem ANTES do James começar a cantar. Aquele som mexe comigo bem la dentro, me da um tipo de emoção que eu nao sei descrever, e aposto que ninguem vai conseguir entender, entao melhor nao tentar explicar, mas digo que é como se algo aquecesse dentro do meu corpo. É diferente e bom. E de uma forma tambem triste e traz saudade. Confesso que ja chorei muito ouvindo essa musica. E a letra me faz mau quando estou triste, pois eu me identifico muito com ela nesses momentos, como se a unica solução fosse "dizer adeus". Mas nao sou assim, e nao faria nenhuma besteira. Eu gosto MUITO da minha vida.
Ainda falando sobre musicas do Metallica, "Whiskey in the jar" é uma musica que nao significa nada, mas nao posso deixar de colocar aqui que o clip dela é otimo, e que eu tenho um super sonho de fazer como eles fizeram no clip e jogar uma TV do segundo andar de uma casa. Espero que ela estoure como no clip, se não vou ficar decepcionada.
"Hero of the Day" do Metallica e "Nymphetamine" do Cradle of Filth me lembram um caminho. Eu me lembro de ter escutado a primeira ai no dia 03 de junho de 2009 as 8 e pouco da manha fazendo o caminho da casa "dele" até o ponto do onibus, que era super longe, andando por uma rua de terra com fazenda e mato pelos dois lados, na manhã mais fria daquele ano, com a maior geada que eu ja vi na minha vida. Naquela manha nós ouvimos essa musica. E toda vez que eu estava fazendo o caminho pra casa dele eu escutava essa musica pelo menos uma vez, e Nymphetamine tambem. Então as duas me lembram o caminho que eu fazia, que nao era nada curto. Toda vez que eu escuto as duas é como se eu estivesse subindo e descendo aquelas ruas de terra.
"The Outlaw Torn" me traz lembranças de outras pessoas. Um dia o garoto que eu gostava se envolveu com a minha melhor amiga, e eles namoraram por um tempo. E ele "deu" essa musica pra ela, dizendo que sempre que ela escutasse era pra se lembrar dele, pois ele o faria. E isso acabou me afetando tanto, que sempre que eu escuto essa musica eu me lembro dos dois, e do ciume que sentia, e da felicidade que me dava ver que ele estava feliz. Pois mesmo sentindo certo ciume deles, eu me sentia tao feliz por ver eles bem, que me era suficiente, porque pra mim nao importava com quem ele seria feliz, soh me importava (e importa ainda) que ele seja feliz.
Raul Seixas. Nao importa a musica me faz lembrar muitas coisas.
Me lembra uma ida ao bar, na verdade me lembra quase todas as idas ao bar depois do serviço com meus amigos. Me faz lembrar da sensação de estar ficando bebada e cantando alto demais. Mas tambem me lembra meu cunhado, que é um viciado em Raul Seixas.
Tem uma musica dele, Gita, que me lembra (MAIS UMA VEEEZ) o garoto que eu tanto falo, meu ex melhor amigo. Ele usou um verso dessa musica no perfil do orkut dele por um longo tempo. Se duvidar ainda esta la na verdade O.o
Ai tem uma banda que me lembra MUITO a minha esposa, a primeira. HIM. Eu nuunca tinha ouvido a dita banda, mas um belo dia procurando coisas novas me esbarrei em uma musica deles. E como eu ja sabia que minha mulher adorava, resolvi ouvir e descobrir se eu tambem ia gostar. Há, dito e feito. Ouvi uma musica e de cara me apaixonei. A primeira que eu ouvi foi "Vampire Heart", mas a que mexe comigo mesmo, que me faz pensar em coisas bonitinhas e ter momentos bem gays é "Funeral of Hearts", que tem um clip lindo e foda e que é linda e foda INTEIRA. Uma banda que sempre que eu escuto eu fico pensando na minha mulher, nem que seja só pra pensar no que ela pode estar fazendo naquele momento. Hoje mesmo estava eu dentro do onibus ouvindo musica, quando começou a tocar uma musica do cd novo deles ("Screamworks") e eu nao resisti a saudade e liguei pra ela. Ela nao sabe disso ainda, acha que eu só liguei pra ela pra matar tempo, bobinha.
Essas são as musica e bandas que mais me trazem lembranças no momento. Provavelmente tem mais, porem eu nao sou uma maquinha cuja memoria seja perfeita (ou quase) entao nao me recordo de mais nenhuma no momento. Atraves dessa listinha ai da pra saber algumas coisas sobre mim, as musicas que eu gosto mais e que mexem comigo. Espero que quem ler isso goste!

Pessoas aleatorias irritantes no serviço.

Primeiro eu quero agradecer as pessoas que leem o que eu escrevo aqui. Sinceramente nao esperava que alguem fosse ler isso aqui, e fiquei muito feliz em saber que as pessoas tem lido, e alguns tem gostado.
O que eu escrevo aqui são as minhas ideias, minhas experiencias entre outras coisas completamente pessoais, mas acho que todos ja notaram isso. Ou não!
Eu sou uma pessoa bem critica com as coisas, e até chata em varios aspectos. Meros detalhes.
Minha forma de ver as coisas nem sempre é como a dos outros, o que nao quer dizer que eu vou falar isso. Ja houveram muitas situações em que eu discordei das ideias de alguem e não falei nada sobre isso pra nao gerar uma discução. Eu evito discuções, pois em geral elas nao levam a nada e apenas nos irritam e nos afastam.
Mas tem certas pessoas que simplesmente PEDEM pra que eu discuta com elas e faça-as ficarem em seus devidos lugares. E isso é irritante e cansativo pra mim. Eu geralmente tenho preguiça de mostrar meu potencial aos outros. E nao vou mudar isso com muita facilidade. Porém há sutações que eu tenho prazer em provar o quanto sou melhor que algumas pessoas.
Eu trabalho num orgão do governo, num tribunal, com pessoas que deveriam ter um nivel intelectual bem acima do meu, uma mera estudante do ensino medio. Porem nem todas as pessoas de la tem o nivel necessario para estarem la, apenas passaram no concurso por algum milagre e estão lá sem poderem ser mandadas embora. Não reclamo quase de ninguem por lá, a maioria são pessoas maravilhosas que me tratam bem melhor do que deveria até. Eu me considero a estagiaria mais mimada de TODO o tribunal. Não vem ao caso. Mas como em todo lugar tem alguem que quer se distacar, la tambem temos uma. Não é bem o caso dela querer se sobressair aos outros, mas ela tenta mandar onde não pode, quer que todos façamos nosso trabalho da maneira como ela pensa estar certo, e isso é algo que eu nao consigo aceitar, mesmo que eu nao tenha autoridade nenhuma naquele lugar.
Embora eu acredite que ela nao faça isso por mau ou nem por implicancia, ela simplesmente da no meu saco, e eu nem tenho um. Minha chefe NÃO é ela. Ela nao manda em mim. Então ela nao tem o direito de falar nada sobre meu trabalho, como eu faço ou deixo de fazer as coisas ou o horario que eu chego e saio. Se minha chefe nao se importa com nada disso e está satisfeita com meu trabalho, ela nao deveria se meter.
"Nara, vc chega atrasada todos os dias", "Nara, voce está saindo 5 minutos mais cedo porque?!", "Queridinha porque voce nao protocolou isso?", "Menina acha um processo pra mim na caixa?"
POHA, eu naao sou sua "queridinha" e eu tenho um NOME, no caso um bem estranho até, mas eu já cheguei com um apelido BEM facil. Não acho que a capacidade mental de alguem seja tão baixa que nao consiga gravar "Nara". E eu já repeti taantas vezes que não gosto que me chame dessas maneiras, que eu tenho um nome E um apelido.
Veja bem, eu sei que meu primeiro nome não é a coisa mais facil de pronunciar do mundo, mas é exatamente por isso que eu tenho um apelido que eu gosto nao acha? Nara é bonito, e eu sinceramente acho que combina comigo. Não tenta achar outra forma de me chamar, só se por acaso voce me conhece a 12 quase 13 anos e é minha maninha ou maninho, dai voce pode me chamar de Heli. Ou que voce seja da minha familia e use aquele apelido ridiculo que eu tenho dentro de casa. Nem sonhe que eu vou publicar aqui qual é o apelido.
Estou perdendo o foco, eu estava falando de alguem que me irrita no trabalho.
Ela me irrita diariamente. Mas o problema não é nem esse, é que eu sou perseguida por pessoas sem noção e chatas nos meus trabalhos. Eu trabalhei em 3 lugares até hoje. E em cada um tinha um pé no saco.
Primeiro eu trabalhei nas lojas Americanas, pra um curso de informatica, preenchendo aqueles cupons de sorteio de disconto em cursos. NINGUEM quer preencher aqui, voce leva xingão o dia todo das pessoas, passa 6 horas em pé, e ganha mau. NUNCA faça isso, serio, soh em ultima opção mesmo. Enfim...
Neste emprego eu nao fiquei nem uma semana, mas já tinha seu graande chato. E não era um, era um casal.
Primeiramente quero deixar claro que eu nao sou preconceituosa a respeito de nada, mas particularmente os evangelicos me perseguem. Acho até que depois farei um post a respeito disso. Enfim, esse casal era evangelico. E já de cara nao gostaram muito de mim, eu vi no primeiro dia. Mas eles fizeram o que nao se deve fazer. FALSIDADE. Ser profissional é uma coisa, pois ai voce cumprimenta a pessoa e aprende a conviver com ela no trabalho, mas voce ser falso e se fazer de melhor amigo e confidente da pessoa que voce nao foi com a cara é ridiculo e anti-etico, pelo menos na minha visão das coisas.
Passaram os 3 dias que eu trabalhei la me perseguindo, tudo que eu fazia era errado, eu passava mais que 15 minutos comendo, eu chegava atrasada e saia no horario, eu me vestia mau, eu nao passava o tempo todo preenchendo cupons com as pessoas. Cara, ninguem é de ferro e era meu PRIMEIRO emprego, alguem tinha que me orientar. Mas eles estavam dispostos apenas a me criticar. Otimo, nao importa mais, eu me demiti no final do terceiro dia.
Algum tempinho depois eu consegui um estagio atravez do meu ex melhor amigo (ja falei dele aqui) na Procuradoria Geral do Estado. A principio o lugar parecia maravilhoso. O salario era ruinzinho, mas dava pra me virar. As pessoas pareciam bem receptivas e tudo parecia otimo, ja que o trabalho seria menos casantivo.
Erro meu. Meu chefe queria que eu fizesse mil coisas ao mesmo tempo e eu tinha que pegar café e lanche pra todo mundo. Estagiaria NÃO É GARÇONETE. Aprendam isso, OK?
Enfim, la havia uma estagiaria (EVANGELICA pra variar) que era toda a queridinha do chefe e de uma outra funcionaria de lá. Essa garota mandava mais que todo mundo no setor. E quis mandar em MIM. Tivemos muitas discuções. Levei muitos xingões do meu chefe por causa dela. Essa era outra que me perseguia pelo predio pra ver tudo que eu fazia e contar pro meu chefe que eu nao estava trabalhando direito. 
Se bem que eu tenho que admitir que eu nao era a melhor estagiaria do mundo. Eu ia no xerox e demorava um monte, ia tomar café com o meu melhor amigo no setor dele, saia pra comprar comida e ficava matando tempo, ficava fuçando meu orkut no horario do expediente, pedia pra sair mais cedo sempre, faltava com uma frequencia absurda (mas sempre com atestado). Fiquei 9 meses lá. Fui demitida. 
E agora estou no tribunal sendo perseguida por uma maluca horrorosa. 
Serio, eu posso nao ser nenhuma garota maravilhosa, mas aquela mulher me assusta. Ela toma banho NO TRABALHO, ela nao penteia o cabelo, ela usa as mesmas roupas TODO DIA. O guarda-roupas dela é o armario do serviço.
Ok, um dia Odin será bonzinho comigo e eu nao terei de aguentar pessoas aleatorias me enxendo o saco no trabalho.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Raiva, desprezo e pessoas ignorantes

Pode-se dizer que estou um pouco revoltada hoje. Ou nos ultimos dias, nao importa.
Tem algumas pessoas que entram na nossa vida apenas com o proposito de atrapalhar e tentar causar o mau pra gente. E alguns conseguem de alguma forma. Outros não.
Enfim, eu não sou uma pessoa que gosta de brigas e essas coisas, eu sinceramente acho ridiculo e coisa de primatas sair resolvendo suas diferenças com as pessoas na base da violencia, mas há tipos de pessoas que só entendem essa linguagem. E acho uma tristeza que eu tenha que chegar a esse nivel com alguem.
Simplesmente nao entendo o que se passa na cabeça de alguem que praticamente obriga sua "esposa" a comprar cigarro pra voce (quando a "esposa" em questão nem se quer fumante é), pagar suas passagens, sua bebida no bar, que vai dormir na casa de sua outra "esposa" e simplesmente se sente a dona da casa, que destrata os pais dela, que mente discaradamente, que agarra outra garota no meio do onibus num domingo de manhã, quando esta ja havia dito não. Simplesmente nao entendo o porque de alguem fazer isso, os motivos de alguem agir dessa forma.
Eu, como sempre, nao cito nomes, mas qualquer um que me conheça e ler isso aqui vai saber exatamente de quem se trata essa parte.
Eu chego a sentir a raiva pulsando dentro do meu corpo, a raiva me fazendo esquentar, e o sangue ferver, e fazendo meus pensamentos se tornarem cruéis quando eu sou uma pessoa tão pacifica.
Não estou acostumada com esse tipo de sentimento, e menos acostumada ainda a colocar ele pra fora de qualquer forma que seja.
Mas já que é pra falar de raiva e sentimentos ruins, que fiquei claro que eu ja senti isso algumas vezes. E por algumas pessoas. Na maioria das vezes eu superei ou simplesmente nunca mais vi a pessoa em questão.
Quando eu tinha uns 13 anos eu tive uma pequena cena com uma amiga da epoca. Ela queria "discutir a relação" da nossa amizade, alegando que eu estava estranha. Até ai de boa. Eu estava comprando meu chocolate diario e ela tirou ele de mim. Que fique claro que eu sou mimada e birrenta, e que na epoca eu era muito pior. Começamos uma discução em que eu pedia meu chocolate de volta e ela dizia que só ia me devolver caso eu conversasse com ela ANTES. Discutimos enquanto andavamos pra minha casa. Quando estavamos quase chegando ela se irritou e jogou o chocolate no meu rosto. Bateu com a pontinha do papel sabe, e eu senti alguma dor, e foi o estopim. Gritei com ela, ela tentou me dar um tapa no rosto, o qual eu consegui desviar, e devolvi outro no rosto dela, que acertou. Nunca mais no falamos.
Foi uma das coisas mais bestas da minha vida.
A proxima pessoa a ser alvo da minha raiva. Hm, raiva nao, desta vez é um tanto pior e mais forte. Odio. Odio cultivado por um ano.
Eu namorava ele, mas ele me manipulava, me fez ser sua boneca por todo o nosso namoro. Mudou minhas roupas, controlou minha mente, me afastou dos meus amigos, dos meus pais. Me fez ficar sozinha e esperando por ele todos os dias como uma verdadeira idiota que nunca fui. Mas nesse tempo eu fui. Eu me deixei ser manipulada, eu deixei que ele me fizesse usar as roupas que agradavam a ele. veja bem, eu gosto de saias curtas, short, blusas decotadas e coisas assim no verão ou pra sair a algum lugar. Gosto de calças justase do meu cabelo bem cortado. Coisas que toda mulher vaidosa gosta. Mas pra ele eu tinha que usar saias longas, bermudas no joelho, blusas que nao mostrassem decote ou barriga, nada justo, meu cabelo nao deveria ser cortado. Ele fez eu me voltar contra minha familia, me fez discutir com eles tantas vezes que chego a perder a conta. Pra depois eu descobrir que ele tinha uma "noiva" com um filho dele. Que ele nunca havia deixado ela, que mantinha as duas. Descobri que eu era usada como uma boneca, mesmo. E a boneca se transformou em uma mulher com muito odio na frente dele. Decidi que nao queria mais nada, e comuniquei-o por uma mensagem no celular. Dias depois ele apareceu na minha casa pra pegar os pertences dele, com um braço fora do lugar. Eu como a lady que sou, convidei-o a entrar, tratei-o com toda a educação que eu tenho, expliquei a ele que nao queria mais nada. Mas ele foi imbecil a ponto de pensar que eu ainda estava sob o controle dele. Tolo. Discutimos. Ele tentou me beijar a força, e eu "gentilmente" apertei o braço machucado dele até que ele gritasse. "ajudei-o" com os pertences dele, e joguei-o portão a fora da minha casa e da minha vida. Teve sorte de nunca mais me ver pessoalmente, até hoje não sei o que eu teria feito.
Essa é a pessoa que eu mais tenho rancor, que mais desejo que fique longe. A unica pessoa que eu desejo todo o mau do mundo e do submundo.
Na epoca disso eu tinha 15 pra 16 anos. Na verdade fiz 16 anos no mes seguinte ao fim de toda essa historia. Comprei roupas novas, maquiagem, cortei os meus cabelos nos ombros, pintei de preto (eu era loira até então) e a partir dai eu comecei a ser o que eu sou hoje. De certa forma eu agradeço a ele, pois foi passando tudo que passei com ele que eu resolvi mudar tanto. E foi pra melhor.
Obrigada Thiago, mas eu te odeio com todo o meu ser =D
Depois desse caso, eu passei anos sem ter que sentir coisas ruins por ninguem. Ou pelo menos sem sentir coisas ruins por pessoas que eu me lembre.
E atualmente eu estou com muita raiva de duas pessoinhas despreziveis.
A primeira é a citada no começo do post, pelos motivos taambem ja citados. Não acho que exista alguem que tenha sangue frio o suficiente pra aguentar que alguem desrespeite seus pais, desrespeite sua casa, que agarre sua melhor amiga e que abuse da boa vontade do seu "espelho"
Quanto a outra pessoa é meu ex namorado mais recente, que conseguiu a proeza de me chamar de puta DUAS vezes. Uma na minha cara, que rendeu um empurrão e um aviso de que nao deveria repetir, e a outra vez ele fez por ciuminho no msn, me dizendo que eu poderia trabalhar pra ele que a comida era de graça. Brincadeirinha ridicula que acabou me irritando. Sabe, fala o que quiser, mas JAMAIS me insulte dessa forma, eu tenho algo chamado HONRA. Eu nao sou santa, nem um pouco. Eu vou pra cama com quem eu quero, e nao devo nada pra ninguem pois sou uma mulher ADULTA e LIVRE. Mas isso não da a NINGUEM o direito de me chamar de puta. Porque eu sou uma mulher de respeito, eu me comporto muito bem, eu tenho postura e elegancia. Mas com ele eu nao preciso me acertar, a vida faz o trabalho dela. E tambem ele só falou isso porque nao tem capacidade pra ter a mim novamente. POrque ele me jogou fora, e agora quando ve que tem homem muito melhor na minha vida e que eu nao estou mais ligando pra ele, ele resolveu correr atras, mas quando eu não dei a minima pra ele, ele quis me atingir dessa forma baixa. Esse sim é um tolo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A importancia dos meus amigos, definições e uma declaração de amor.

Amigos vem, vão embora, marcam nossas vidas, ou simplesmente saem sem nem fazer tanta falta.
Amigos, colegas, pessoas que falam conosco raramente, aqueles que mau nos cumprimentam.
Tenho de tudo, vivo com todo tipo de pessoa. E cada um tem de mim o que merece. E acho que é assim com todos.
Tem os amigos que de tanto tempo que estão com a gente e de tão bem q nos conhecem já são parte da familia, Irmãos. As vezes até mais que os irmãos de sangue mesmo, pra algumas pessoas. Eu tenho dois irmãos. Que sao irmãos de verdade. Engraçado, que mesmo eu sendo de fora da familia, eles me tratam como se eu fosse irmã de verdade deles. Falar bobagens, contar segredos, brincar, comer do garfo deles, abraço de urso, ficar lendo as revistas da irmã até de madrugada enquanto ela dorme do teu lado, puxar o irmão pela orelha pra comer, dormir com o cafuné do irmão esperando a irmã, fotos aleatorias horriveis deles coladas no seu mural, nao conseguir falar deles como "fulano" e "fulana", soh como "maninho" e "maninha", mesmo que o maninho, de "inho" nao tenha mais nada, ja esteja mais alto que eu a anos, sempre será o maninho pra mim. São pessoas pelas quais eu morreria feliz sem nem pensar duas vezes, pessoas que ja fazem parte até de quem eu sou, parte da minha pessoa.
Tem aqueles amigos que aparecem do nada na sua vida, e pouco tempo depois ja representam muito pra voce. Eu tenho varios assim. E amo cada um deles de uma forma muito especial, Cada um tem meu amor de uma forma, cada um tem o apelido carinhoso q eu quero dar, e a quantidade de carinho que precisa. tem aqueles tambem que quase nao me pedem carinho, mas que me dão carinho até eu quase ficar tonta com isso, Amigos que cuidam de mim mais do que um namorado, se eu tivesse um. Se não fossem esses amigos eu estaria caida, talvez, em algum canto escuro da minha mente, provavelmente sem ter com quem sair ou me divertir.  Acho q se eu nao tivesse pessoas assim pra me apoiar, eu nao seria nem um terço da mulher que me tornei hoje, Muitos desses amigos vieram e foram embora, mas a grande maioria chegou do nada na minha vida e se instalou nela e aparentemente nunca mais vão querer sair. Esses são os meus amigos que fazem loucuras no meio do nosso bar favorito, que me fazem de boneca, que me fazem brilhar no escuro de tão vermelha, que tem "momentinhos" comigo no meio do trabalho, que se fartaam de coca cola e chocolate no meio do expediente, que vão no meu aniversario e fazem dele o melhor, aqueles que fazem da noite seguinte ao meu aniversario tão boa, ou quase melhor, que a anterior, mesmo que eu caia. Aqueles que se divertem com as minhas criancisses, que me amarram, que me veem bebada, que me ligam 00:15 do dia do meu aniversario pra me dar parabens, que me mandam mensagem 8h da manha pra dizer que agora posso entrar no motel, que tiram fotos comigo e me dão um porta-retrato, que me buscam em casa pra sair, que cantam parabens pra mim e me deixam vermelha, que me dão os melhores presentes, que me devem abraços, que me mimam, que me dão colo, que me maltratam mas me amam.
Tambem tem aqueles amigos de infancia, que te conhecem a anos, porem nao tiveram a sorte, ou azar, de virarem "irmãos". Amigos que tambem ja foram embora da sua vida. Mas que um dia foram amigos importantes, um dia em que as opiniões deles foram de muito peso pra voce, que o amor deles era indispensavel. Desses eu tive muitos. Alguns foram embora pela distancia, pelo desinteresse, pelo esquecimento, E teve aqueles tristes fins por brigas, em sua maioria, idiotas.
Aqueles que por um chocolate, ou uma mensagem de texto eu nunca mais pude falar. E esses doeram muito em mim quando partiram. Mas eles seguiram o caminho que quiseram e eu nunca lhes desejei mau, e nunca vou desejar, pois um dia os chamei de amigos.
Alem dos que eu briguei, teve os que o tempo e a distancia tiraram de mim. Muitos me dizem que se eles fossem verdadeiramente meus amigos nunca teriam deixado que o tempo e a distancia acabassem com a nossa amizade, mas eu penso que isso dificulta, afasta as pessoas, deixa os laçoes mais fracos, e quando outras pessoas aparecem na nossa vida, mais proxima, fazem com que deixemos as pessoas que ja estão longe partirem de nossas vidas. Não é como se eles nao nos quisessem mais como amigos, é apenas o fato de que a vida nos levou por caminhos diferentes, que um dia podem se cruzar de volta e a amizade continuar como foi em nossa infancia e adolescencia.Eu sinto falta dos momentos de conversas na escadinha, de andar de bicicleta, skate, roler, de brincar de pega-pega na rua, de colher amorinha na arvore de casa, de subir no muro, de ouvir musica alta na casa dos outros, de ir comer pizza com o joelho machucado, de beber na garagem do vizinho, de dormir na rampa depois de olhar as estrelas, de dormir na casa dela, de comer arroz sem tempero, de tirar fotos malucas, da saida do colegio, de levar e dar ovadas no fim do ano, do uniforme amarelo, de comer brigadeiro jogando video-game. Com eles eu sinto falta da minha infancia, de ser criança, de brincar.
E tem os amigos que a gente ve no fim de semana quando sai pra curtir. Aqueles que sempre tem um gole de qualquer coisa pra te oferecer quando vc chegar, e que sempre ligam pra vc implicando quando vc decide que vai ficar em casa no sabado a noite. Esses pra mim tambem tem seu valor, e um grande valor. Amigos que me levam pra me divertir, que se divertem comigo. Que me aturam bebada e chata, que aumentam meu ego até quando minha maquiagem me faz parecer um panda. Esses amigos nem sempre são só amigos do fim de semana, muitos destes estão na minha vida diariamente, mas que nao deixam de ser TAMBEM um amigo de farra. Aqueles que estiveram no primeiro show que eu fui, que me viram ficar bebada e dormir no sofá, que me serviram de apoio quando a bota me machucava as 6:30 da manha, que me pagam bebidas, que me servem cigarros quando nao tenho dinheiro, que me colocam o sobretudo pra nao ser queimada, que me amarram e me dão de presente, que me ouvem falando que eu quero e PRECISO pegar o "vocalista gato de tal banda" a noite toda, e só conseguir aos "47 do segundo tempo", e que fizeram disso uma piada, como tantas outas, que me oferecem entrada do bar só pra que eu vá la passar a noite com eles, aqueles que entraram na minha vida em uma noite qualquer e que eu nao deixo sair nunca mais.
Nisso tudo tem amigos aos montes, e varios deles estão em mais de uma dessas definições, e eu como sempre nao cito nome de ninguem, primeiro porque eu nao preciso ficar falando por ai o nome de quem eu amo ou deixo de amar, e depois porque minha memoria nao é perfeita, e seria inevitavel esquecer alguem.
Dia do amigo foi troceentos dias atras, mas nao me importo com aquela data, dia de amigo é todo dia, é em todo momento, tristes ou felizes. Não importa se esses amigos estão perto ou longe, ou muuuito longe. São amigos e merecem isso que eu disse e muito, muito mais. Eu nao sou capaz de colocar em palavras a intensidade do que sinto por cada um deles, e nem caberia aqui, pois o que eu sinto por cada um é algo unico, e indescritivel. Todos tem seu valor e seu lugar especial na minha vida e no meu coração, que deve ser bem grande pra toda essa gente.
Enfim, eu duvido que eles realmente leiam isso, só se eu mandar o link e tudo o mais, coisa que eu duvido que eu faça, mas se por acaso algum deles ler, quero que saiba: Eu te amo, e nao faço isso só por falar, eu realmente sinto isso.
E nao me importo que o texto tenha ficado sem sentido =D

domingo, 25 de julho de 2010

Apenas um texto de desabafo....

Eu sou realmente uma pessoa presa ao passado. As minhas melhores lembranças me causam hoje as piores dores. São as que mais me machucam e mais me fazem querer chorar. Isso soa ridiculo até mesmo para mim.
Lembrar daqueles dias que eu sorria, feliz de ter aquela pessoa ao meu lado, me fazem, hoje, querer chorar compulsivamente.
Olhar pra quem esteve comigo antes, hoje, me causa dores, me faz tremer e fraquejar quando nao deveria.
Lembrar do que senti por ele naqueles tempos bons e frios, me fazem hoje ser como sou. Uma mulher que é boa, que faz o seu melhor por todos, mas que já não é mais capaz de se entregar completamente a um sentimento, seja ele bom ou ruim. Eu ja nao sou capaz de sentir da mesma forma que eu sentia naqueles tempos. Isso é uma cicatriz enorme, que eu sei que nunca irá sumir. É uma cicatriz que sempre vai doer, que sempre será visivel, e que nao me esforço o minimo pra esconder, pois nao tenho vergonha de tudo que passei.
Não que eu queira exibir a todos tudo que sofri, que sofro e sei q ainda sofrerei por isso, mas as pessoas que querem descobrir eu deixo, a quem quer me conhecer a fundo, incluindo minhas dores e traumas, eu mostro.
Eu nao deveria pensar tanto naqueles momentos, se eles me fazem tao mau, se me prendem tanto em coisas que jamais viverei novamente, pelo menos nao com a mesma pessoa. mas isso é muito mais forte do que se imagina. Uma musica, algum objeto, as vezes uma simples palavra me faz viajar àqueles tempos. As vezes algum sorriso que eu dou por nada, as vezes aquele vento que bate na janela, um video de alguma musica, um lugar, um cheiro... Todas essas coisas sao capazes de me levar pra dentro da minha mente, e me prender num amontoado de emoções que sao fortes demais para que eu suporte, e assim doi, e eu choro como uma menininha qualquer que hoje eu sei que ja nao sou.
Choro a perda de um amor, de um melhor amigo, choro a perda de uma banda, de uma casa, de pães de queijo. A perda dos livros, das musicas, da canção de ninar. A blusa grande e cheirosa, a calça de moletom velha e confortavel, a pantufa de cachorrinho, cantar uma letra que eu nao conheço, ouvir musicas que eu nem se quer gostava. Passeios ao bosque, ao parque, ao bar, dormir no ombro na volta pra casa, andar mais de meia hora no vento gelado pra chegar lá, beber de manhã cedo, ter dor de estomago acompanhada, receber visitas inesperadas de alguem esperado. Sinto falta até de coisas indescritiveis, como o cabelo bagunçado no seu rosto, o modo como o seu corpo se contraia, as brincadeiras sem sentido, o cheiro do seu pescoço, a sensação de seu quarto, ouvir o silencio ao seu lado, desvendar seus pensamentos e sentimentos, ser um livro aberto em suas mãos, ser a irmã, amiga. A Amante.
Sinto falta de inumeras coisas, as quais eu nunca vou conseguir colocar em palavras, sinto falta de coisas que nem se quer existem ou podem ser nominadas. Mas tudo isso se resume em sentir falta de uma pessoa. A pessoa que em toda a minha vida fez a maior diferença, que foi e ainda é a pessoa mais importante da minha vida. Não acho que num arquivo pessoal como esse eu precise escrever seu nome, pois o saberei inteiro até o dia em que a morte me pegar em seus braços e me carregar para algum lugar que talvez eu nao me recorde mais desse amor impossivel e imenso. Mas quem sabe a morte me leve em seus braços pra me deixar cair nos dele. Ou que me dê o prazer e a tortura de continuar amando-o e observando-o mesmo depois de ter deixado este lugar.
Se eu puder e conseguir quero cuidar dele pra sempre, de onde eu estiver. Quero ter o privilegio de me preocupar com ele por motivos bestas, como ele nao colocar blusas, andar sozinho em lugares perigosos, fumar demais, beber coisas fortes, andar com pessoas nao confiaveis. Não são coisas bestas, mas são coisas com as quais eu nao deveria me preocupar. Mas me preocupo, e sempre preocuparei-me pois é dele meu coração, minha vida. Pois é nas mãos dele que está o meu futuro, ele quem decide se meu futuro será bom ao lado dele, ou será comum e normal ao lado de alguem que talvez um dia consiga conquistar meu afeto, e quem sabe, possa recuperar meu coração e cuidar de mim para que um dia eu possa ama-lo como eu amei.