segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Amd after all this time...

Morning...
Provavelmente esta é a primeira vez neste ano que escrevo algo público... Talvez eu tenha perdido um pouco meu espirito que escreve... Ou só perdi a coragem de expor a todos que tiverem interesse o que acontece comigo e por dentro de mim.
Com os anos passei a pensar que vale a pena guardar detalhes pra mim. Que nem todos deveriam saber o que exatamente eu sinto ou penso.
Em todos esses anos me machuquei muito. Aprendi muito e, claro, cresci muito.
E eu só consigo ver o quanto cresci agora que remexi a história mais dolorosa da minha vida, coloquei todas as peças no lugar correto e enfim, deixei o tabuleiro em segundo plano.
Five years ago... Eu vivi uma história louca e intensa com uma pessoa. Isso todo mundo sabe, até me lembro de escrever textos e mais textos aqui documentando passagens do relacionamento. Foi algo que nunca tinha vivido até então e posso dizer com certeza que até hoje não vivi nada próximo.
Acredito que foi com ele que aprendi a lidar com sentimentos, foi a pessoa com as quais criei mais memórias, boas e ruins.
Quando ele me deixou eu achei que a vida tinha acabado e agi de acordo com isso. Afundei, não sabia o que fazer e não tinha vontade alguma de descobrir, se ele não estivesse ao meu lado.
Levei anos pra me reconstruir. Primeiro porque não tinha vontade de viver sem ele, depois porque faltavam forças e depois porque levei tempo demais pra tratar as feridas e elas cresceram por conta própria. Eu negligenciei os cuidados com a minha vida porque uma pessoa me deixou.
Quatro anos depois eu consegui colocar minha vida nos trilhos, eu já estava pronta pra arriscar um novo relacionamento, coisa que não tive nos últimos quatro anos. Tive relações passageiras e curtas, nada sério porque eu não era capaz.
Namorei pelo incrível tempo de 3 meses com alguém tão incompatível comigo que ainda custo a acreditar. Foi um bom relacionamento e serviu pra que eu entendesse que ainda não estava pronta para outras pessoas e outros relacionamentos sérios. Eu ainda estava muito instável emocionalmente e tudo podia romper a pouca estabilidade que eu possuía.
Acabou e foi ruim. Chorei, gritei e fiz cenas. Passei mal. Quis afundar novamente. Mas isso durou dois dias. Levantei minha cabeça e segui em frente. Empurrando cuidadosamente a dor de sentir aquilo de novo para o canto, mas era muito menor do que os sentimentos que tive anos antes, então tudo estava certo.
Até o inesperado retorno da causa de todos os problemas.
E também da unica solução possível.
Por conta do acaso e do destino acabamos os dois conversando. Eu estava arisca e ele sabia. A conversa por mensagens não bastaria pra resolver todos os mal entendidos e justificar as feridas abertas. Por conta de um impulso absolutamente inconsequente logo estávamos frente a frente, remexendo na caixinha do passado. Abri meu coração e contei tudo que passei, cada pedaço, sem poupar detalhes. Ele merecia saber o quanto me fez mal. Ele abriu seu coração também e eu soube, enfim, o que tinha acontecido.
Foi uma conversa longa e esclareceu muitas coisas. Inclusive que eu nunca deixei de ter sentimentos por ele.
Mesmo com tudo o que passei e mesmo com os anos que passaram, meus sentimentos não mudaram.
Não sinto vontade de detalhar como tudo aconteceu, mas em pouco tempo estávamos juntos de novo. Felizes. Era um relacionamento diferente do primeiro. Mas as pessoas ainda eram as mesmas, apenas um pouco mais velhas e com mais bagagem. Havia promessas a serem cumpridas. Tudo estava bem. For a while...
Nem tudo são flores e a vida gosta de brincar, isso eu sempre soube.
Os dias viraram meses e nestes meses os problemas vieram. Problemas do "nós", problemas do "eu" e problemas do "ele". Brigas bobas, ciumes. Mágoas que não foram totalmente esquecidas ou superadas. Problemas da vida, dinheiro, emprego, faculdade, casa, família. Quando percebemos estávamos os dois no meio de um furacão de emoções, problemas e da vida.
E não tínhamos uma base verdadeiramente forte pra manter o relacionamento enquanto resolvíamos os problemas da vida. Então veio o inevitável fim.
O fim partiu dele, novamente. Mas de uma forma muito diferente da anterior. O que não fez doer menos. Eu não conseguia entender na hora os motivos, as razões. Argumentei e até mesmo implorei. Nada adiantou.
Os dias foram passando, lentamente diga-se de passagem, e eu comecei a ver as coisas com clareza. Por ser emocional demais eu levo mais tempo pra ver as razões de tudo.
Não era ausência de sentimento. Não era descaso. Era a vida. Ela acontece, bagunça e mexe com tudo.
Houve choro quando ele foi embora. Houve choro dias depois. Ainda há choro mesmo depois de um mês. Mas o choro é curto, mesmo que sofrido. As lágrimas acabam e em seguida eu estou bem, viva.
Eu estou vivendo, com dificuldades, mas vivendo e não apenas sobrevivendo.
Sinto falta dele, mas isso não muda nada.
Não muda meus sentimentos por ele. Não muda o fim de tudo. Não muda também as minhas pequenas e frágeis esperanças do destino ainda não ter se cansado de colocar um em frente ao outro.
E sei que cresci nestes anos pois estou enfrentando novamente o fim deste relacionamento, mas de uma maneira completamente diferente.
O que não faz com que eu não sofra ou com que eu queira deixar essa historia no passado. Até porque eu cresci, mas não cresci tudo que deveria. E eu ainda sonho com um fim melhor.